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Fragmento de 'Sobre Arte Moderna'

Durante leitura do Sobre Arte Moderna, de David Sylvester, me deparei com esta passagem que me lembrou nossa aula, e ilustra essa característica da arte de tornar visível o invisível, a partir de obras que, de alguma maneira, se tornam a cartografia da experiência do homem moderno.

“O caráter privado e subjetivo da arte moderna claramente condiz com essa concepção da realidade (de que o homem moderno concebe a realidade como um conjunto de sensações e ideias que ocorrem na consciência de cada indivíduo). Assim é que o Cubismo não representa objetos, mas uma série de percepções de um objeto, um sistema de aspectos. Assim é que Paul Klee não representa uma cena, mas uma aventura, uma sucessão de experiências: seus quadros são mapas do mundo subjetivo do homem. E para o artista que deseja criar não simplesmente um mapa, mas uma imagem do mundo, esta, para ser válida hoje, ainda precisa mostrar que as experiências são fugazes, que cada experiência se dissolve na seguinte, precisa produzir imagens em que o observador participe, imagens cujo espaço só faça sentido em relação à posição nele ocupada por um observador.” (p.19-20)


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